Outro
dia conversando com uma colega de serviço, a professora de filosofia, Ana
Ribeiro, ela me emprestou diversos textos para trabalhar com os alunos na
disciplina de sociologia, da qual sou professor. E um dos textos era o das três
peneiras, do filosofo Sócrates.
Bem
na semana da grave dos caminhoneiros, maio/2018, tendo voltado à tona os
pedidos de intervenção militar, querendo uma minoria que os mesmo assumissem o
governo brasileiro. Tolos radicais, estagnados no tempo, sonhando com o
passado.
Opiniões
de toda sorte, senso comum, de uma grande maioria que não viveram os anos do
Governo Militar no Brasil entre 1964/1985, principalmente militantes da
esquerda brasileira, que apenas ouviram falar ou leram nos livros escolares,
jornais e filmes da época, com o entendimento de ocorrência de uma Ditadura
Militar.
Eu em 1964 tinha 12 anos. Em 1972 com 20 anos
casei e em1974 entrei para o serviço publico estadual na Secretaria da
Segurança Pública do Estado de Santa Catarina. Estive, portanto, dentro, e fora
vivendo e tenho conhecimento de grande parte das ações militares e policiais da
época e de vivencia da sociedade civil.
Posso
afirmar com todas as letras que vivia num país seguro, com todas as
dificuldades financeiras e de corrupção que hoje temos, mas com uma grande
diferença: As autoridades e as leis eram muito mais respeitadas. Os professores
eram professores, os artistas eram artistas, os atores e as atrizes eram,
tinham realmente talento. Os cantores e cantoras, as musicas, tinham valor,
passavam mensagens. O saber tinha um saber, uma verdade; tínhamos orgulho de
ser brasileiros, a bandeira e o hino nacional eram respeitados.
Odair Ribeiro-1970
Lendo,
vendo, ouvindo as mídias atuais, 2018, fico muito triste em ver pessoas
defendendo apenas seus interesses, suas opiniões, suas ideologias, aceitando e
defendendo mentiras que de tanto serem repetidas parecem ser “verdades”.
No
período do governo militar, claro, houve exageros, torturas, assassinatos, mas
somente com aqueles que também mentiam, roubavam assassinavam, lutavam contra o
governo, viviam numa guerra civil particular.
Odair Ribeiro-1980
Pessoas
de bem, viviam, namoravam, casavam, se divertiam, iam ao cinema, shows de
musicas, festivais, tanto que no meu raciocínio, os períodos mais criativos e
ricos, em toda a arte brasileira, foram nos anos 60/70/80.
Jovens
perguntem para seus pais, seus tios, tias, como era na época da Jovem Guarda,
anos 60! Depois anos 70/80com as bandas brasileiras, Titãs, Legião Urbana, Ira,
Ultraje a Rigor, Camisa de Vênus, Raul Seixas, Gil, Caetano, Gal, Secos e
Molhados, só para citar alguns. Os filmes, as novelas da Globo! Em pleno
governo militar!
Os
três poderes muito menos corruptos, poucos casos, denuncias mínimas, eram mais
respeitados, tinham vergonha na cara, e a imprensa, as mídias, mais
responsáveis, divulgando com mais verdade, com menos engano.
Com
a volta da “Democracia”, e a tomada do poder, pelos antigos adversários do
Governo Militar, a ideologia de esquerda, socialista/Comunista, a vã liberdade,
tornou-se libertinagem. Numa total inversão de valores, onde bandidos foram
elevados a heróis e heróis rebaixados a bandidos, tendenciosamente passaram a
usar armas diferentes daqueles que criticavam e contra lutavam, “os ditadores
militares”, mas tão ou mais letal como as de seus algozes, a dominação mental.
Odair Ribeiro-1990
Implantaram
uma ditadura literária em todos os níveis do ensino, afirmando que o único
pensamento e regime de governo correto era o pensamento socialista. Estando
esse até nossos dias sendo replicado como única verdade, com aquela máxima que
uma mentira repetida milhões de vezes torna-se verdade, mas somente, sabemos,
para os cegos mentais.
Entendemos
que um longo caminho o Brasil ainda vai percorrer, para restaurar a verdade de
sua história. Somente estamos divulgando esse texto, por que em nosso
entendimento, ele passou pelas três peneiras, sendo que passou pela primeira
peneira, a verdade, pela segunda peneira, a bondade, e pela terceira peneira, a
necessidade.
Sim,
o que relatei é verdade, é bom e é necessário. Governo militar, nunca
retroceder, jamais, queremos muito mais, uma verdadeira Democracia, sem
mentiras.
Autor
– Odair Ribeiro