quarta-feira, 27 de junho de 2018

A primavera vem



Numa lata de lixo
Tinha uma barata na lata
 Restos de comida podre
 Odores entram no nariz
 Causando alergias
Espirros gripes
Soltam vírus na atmosfera.
 Ainda bem que a primavera
Vem antes do verão
Espalhando flores na solidão.
Amor sem paixão
 É inverno no verão.
Ainda bem que a primavera
Vem...


Autor – Odair Ribeiro


sexta-feira, 22 de junho de 2018

As paredes


As paredes

As paredes físicas como as intelectuais,
Depois de serem erguidas serão destruídas jamais.
Podemos pular contornar, abrir janelas,
Portas para atravessá-las ou até implodi-las,
Mas sempre de alguma forma ficaram saídas.
O segredo está na sabedoria de apenas e
Tão somente saber transpassá-las,
Sem destruí-las,
Sem abrir nem fechar portas ou janelas.

Autor-Odair Ribeiro


sábado, 16 de junho de 2018

Acordei sorrindo de madrugada,em delação premiada.


Delação premiada


Dizem que o crime não compensa,
Que a ocasião faz o ladrão,
Mas vou refazer essa sentença,
Amo quem roubou meu coração.

Acordei sorrindo de madrugada,
Em ação eu estava
Numa troca de favores
Em delação premiada.


Maliciosamente sua mão percorria
Minhas pernas minhas partes,
E eu correspondia em gemidos,
Sussurros beijando suas artes.

Retribuía seus carinhos
Viajando em seu corpo inteiro,
Entrei devagarzinho
Acariciando seu rosto em beijos.

Vivo em eterno delito,
Roubando amores,
Caricias olhares,
Viajando em prazeres sem conflito.

Acordei sorrindo de madrugada
Em ação eu estava
Numa troca de favores
Em delação premiada.


Autor – Odair Ribeiro


quinta-feira, 14 de junho de 2018

Não morrerei triste



A ciência me falou que ao nascer comecei a morrer.
Mas nem sei por que aqui ainda estou...
Cruzei muitas esquinas alquímicas cruzei!
Andei por muitas ruas sem uma guia pensei.
Sorria por que a morte muitas vezes enganei, será?
Minha psiquiatra Andréia me alertou.

Minha psicóloga Lílian em outras palavras também falou.
Estas aqui por que teu anjo da guarda te guardou!
Agora me veio este medo, este anseio...
Será que numa próxima esquina pode estar o anjo ocupado
E o Diabo vou visitar?
Vou morrer um pouco mais triste...
O Eterno não visitarei?
Não morrerei  triste...
O Eterno visitarei!


Autor – Odair Ribeiro



terça-feira, 12 de junho de 2018

E o menino...



Num passado não muito distante,
assim eram as cenas, a vida campesina.
Numa arvore de galhos secos um bando de rolinhas.
Uma funda arremessa a pedra e só uma fica sozinha
tremendo jogada no chão.

E o menino triste tenta reviver o passarinho,
mas a morte transpassou seu coração.
Destruiu a funda com vergonha do sangue nas mãos.
Hoje não são outros os meninos.
Andam sem “fundas”, sem sonhos, não dormem,
seu amigo é o celular,
andam sozinhos em seus campos de pedras.

Autor – Odair Ribeiro.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Ditadura Militar nas minhas peneiras


Outro dia conversando com uma colega de serviço, a professora de filosofia, Ana Ribeiro, ela me emprestou diversos textos para trabalhar com os alunos na disciplina de sociologia, da qual sou professor. E um dos textos era o das três peneiras, do filosofo Sócrates.
Bem na semana da grave dos caminhoneiros, maio/2018, tendo voltado à tona os pedidos de intervenção militar, querendo uma minoria que os mesmo assumissem o governo brasileiro. Tolos radicais, estagnados no tempo, sonhando com o passado.
Opiniões de toda sorte, senso comum, de uma grande maioria que não viveram os anos do Governo Militar no Brasil entre 1964/1985, principalmente militantes da esquerda brasileira, que apenas ouviram falar ou leram nos livros escolares, jornais e filmes da época, com o entendimento de ocorrência de uma Ditadura Militar.
Eu  em 1964 tinha 12 anos. Em 1972 com 20 anos casei e em1974 entrei para o serviço publico estadual na Secretaria da Segurança Pública do Estado de Santa Catarina. Estive, portanto, dentro, e fora vivendo e tenho conhecimento de grande parte das ações militares e policiais da época e de vivencia da sociedade civil.
Posso afirmar com todas as letras que vivia num país seguro, com todas as dificuldades financeiras e de corrupção que hoje temos, mas com uma grande diferença: As autoridades e as leis eram muito mais respeitadas. Os professores eram professores, os artistas eram artistas, os atores e as atrizes eram, tinham realmente talento. Os cantores e cantoras, as musicas, tinham valor, passavam mensagens. O saber tinha um saber, uma verdade; tínhamos orgulho de ser brasileiros, a bandeira e o hino nacional eram respeitados.
Odair Ribeiro-1970

Lendo, vendo, ouvindo as mídias atuais, 2018, fico muito triste em ver pessoas defendendo apenas seus interesses, suas opiniões, suas ideologias, aceitando e defendendo mentiras que de tanto serem repetidas parecem ser “verdades”.
No período do governo militar, claro, houve exageros, torturas, assassinatos, mas somente com aqueles que também mentiam, roubavam assassinavam, lutavam contra o governo, viviam numa guerra civil particular.
Odair Ribeiro-1980

Pessoas de bem, viviam, namoravam, casavam, se divertiam, iam ao cinema, shows de musicas, festivais, tanto que no meu raciocínio, os períodos mais criativos e ricos, em toda a arte brasileira, foram nos anos 60/70/80.
Jovens perguntem para seus pais, seus tios, tias, como era na época da Jovem Guarda, anos 60! Depois anos 70/80com as bandas brasileiras, Titãs, Legião Urbana, Ira, Ultraje a Rigor, Camisa de Vênus, Raul Seixas, Gil, Caetano, Gal, Secos e Molhados, só para citar alguns. Os filmes, as novelas da Globo! Em pleno governo militar!
Os três poderes muito menos corruptos, poucos casos, denuncias mínimas, eram mais respeitados, tinham vergonha na cara, e a imprensa, as mídias, mais responsáveis, divulgando com mais verdade, com menos engano.
Com a volta da “Democracia”, e a tomada do poder, pelos antigos adversários do Governo Militar, a ideologia de esquerda, socialista/Comunista, a vã liberdade, tornou-se libertinagem. Numa total inversão de valores, onde bandidos foram elevados a heróis e heróis rebaixados a bandidos, tendenciosamente passaram a usar armas diferentes daqueles que criticavam e contra lutavam, “os ditadores militares”, mas tão ou mais letal como as de seus algozes, a dominação mental.
Odair Ribeiro-1990

Implantaram uma ditadura literária em todos os níveis do ensino, afirmando que o único pensamento e regime de governo correto era o pensamento socialista. Estando esse até nossos dias sendo replicado como única verdade, com aquela máxima que uma mentira repetida milhões de vezes torna-se verdade, mas somente, sabemos, para os cegos mentais.
Entendemos que um longo caminho o Brasil ainda vai percorrer, para restaurar a verdade de sua história. Somente estamos divulgando esse texto, por que em nosso entendimento, ele passou pelas três peneiras, sendo que passou pela primeira peneira, a verdade, pela segunda peneira, a bondade, e pela terceira peneira, a necessidade.
Sim, o que relatei é verdade, é bom e é necessário. Governo militar, nunca retroceder, jamais, queremos muito mais, uma verdadeira Democracia, sem mentiras.

Autor – Odair Ribeiro


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Bacana sacana



Engraçado passado.
Poucas mulheres
beberam comigo na mesma taça,
degustaram meu vinho tinto doce,
amanheceram comigo no banco na praça,
deitaram deliciosamente em minha cama,
Apenas uma delas, foi bacana sacana.


Autor-Odair Ribeiro