quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Fazem muita poesia reuniões, acertos, orgias.


Barriga do mané

Não gozo da cara do cara!
Dele para gozar basta a telinha.
Atrofiaram, 
condicionaram o discernimento do Mané.
Só quer saber do pão, do arroz, 
do tostão, dos bagos, do feijão.

Tem gente que escreve, fala, canta, 
quatro, cinco, seis abobrinhas.
As FM tocam, o povo lê, aparece na T.V.
O cara é gênio é E, T.

O Zé povinho engole, não mastiga.
E eles falam, insistem aumentou a cultura, 
tem democracia.
Fazem muita poesia reuniões, 
acertos, orgias.
E a mente, barriga do Mané continua vazia.

Autor-Odair Ribeiro


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

sábio não é o silêncio.


Vamos vendo...

Dizem: Pare!
Não fique nervoso!
Relaxa... Não fale, cale...
Tente não se expressar.
Apenas sorria feito falsa amiga rsrss
Chore lágrimas de maresia.
Fique frio morno.
Sou quente!
Querem que eu me cale!
Tento disfarçar...
Mas em silêncio não sei ficar!
Vamos vendo...
Escrevendo, sábio não é o silêncio.

Autor- Odair Ribeiro


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

taças de nossos sexos anexos completos


Informal

Pensando em ti eu aqui
comendo arroz com ovo frito.
Um vinho tinto no copo capoto
ao vislumbrar teu corpo nu.
Tuas pernas,
teus lábios,
teus seios,
teus olhos brilhando
quando estamos fazendo amor...
Lentamente penso
que para mim se fizeram de abrigo.
Mentalmente eternamente unidos...

Teu pensamento,
tua virtude,
meu defeito,
teu defeito,
nossos segredos...
Andaríamos livres crianças
entre os vinhedos…
Em teus cabelos feito cachos de uvas
em tranças meu corpo se enrola e dança.
Bebemos o líquido do amor que aflora
das taças de nossos sexos anexos
completos,
natural,
informal.
Somos assim...
Nus... eu…você…
livres crianças…

Autor – Odair Ribeiro

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Bebemos um chope na praça, na rua um amigo nos abraça.


Americano da América do Sul 

autor-Odair Ribeiro

Eu vou falar para vocês, um provérbio.
 Não, não é Frances, nem tão pouco chinês.
 Melhor seria se ele fosse javanês.
Mas eu mal e porcamente falo esse nosso Português.
Eu seria melhor compreendido se eu falasse em Inglês.
Eu teria muito mais sorte se eu fosse um Americano do Norte.
Ah! Americano, Americano da América do Sul eu sou!
Americano da América do Sul eu sou você é nós somos!
Ando por florestas virgens, por mares e um céu azul.
Bebemos um chope na praça, na rua um amigo nos abraça.
Ah! Americano!
Americano da América do Sul eu sou, você é nós somos.
Mas até quando, até quando, até quando.
Não direi seja o que Deus quiser, mas sim o que o homem fizer.
Não, não diremos seja o que Deus quiser, mas sim o que eu, o que você
o que nós fizermos... Americanos...
O provérbio? O provérbio esta explícito, pobre ou rico no saber.
Não espero o trem do amor! Por que?
 ” se o amor se vai...se o amor se vai...
O trem das sete...
“fumegando apitando chamando os que sabem do trem”,
Já passou...  
O trem das onze...“se eu perder esse trem que sai agora as onzes horas...”
Já passou também....Poucos viram, mas o poeta, o poeta avisou, avisou!
Americanos!

sábado, 15 de setembro de 2018

Boa tarde amigos do nosso facebook - Um poema...


Vozes dissonantes

Num corpo machucado de emoções
e amores vertem lágrimas, dores.
O silêncio das palavras mau ditas dizem tudo
e vão abrindo feridas
em sinapse percorrendo neurônios normais.
Nos labirintos dos pensamentos
as imagens se perdem...
Os olhos cerebrais paralisam
suas cognições desfolhando almas
e o corpo inerte caminha
ruas procurando sua calma.

Nos cantos dos quartos
 e das salas da casa vagam ácaros.
A boca outrora falante
se cala entre arranhões e alergias
transformando as palavras em
vozes dissonantes nas noites nos dias.

O pensamento taciturno procura se aquecer do frio.
Os olhos da mente fecham-se
e uma lágrima cai no vácuo
procurando nas rugas do tempo um abrigo...

autor-Odair Ribeiro



quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Esta é a canção que eu fiz e não queria



Rap da delegacia   -  

Autor – Odair Ribeiro.

Limiar do século vinte e um, a VTR sobe o morro e prende mais um.
O Zé, um dos primeiros no tráfico, viciado prisioneiro do crac.
Perdeu a mulher, o orgulho, a amante, os filhos.
Levou muita porrada, cadeia, nunca deu ninguém,
Não leva este espinho na veia.
Chora, a saudade vem, lembra do tempo de criança, da mãe do pai.
Tempos que não voltam mais...

Mas tem muito safado, político, polícia, vagabundo.
Tem gente boa, coisa rara, analisa meu olho profundo.

Ôh lugar!
Neles vivem juntos pureza e poluição.
Poluição, o tira ta na merda, quer carro, casa, lazer, comida e salário,
 Me passa tua grana seu otário.
Nas ruas cobram pedágio, a lei vira bandido, corrupção.
Botam assalto com os pés e com as mãos,
Me tapa de nojo de quere quero.
Qual é o teu nome meu filho?
Não sabe!
Amanhã tu vens mais cedo, vem sorrindo, cantando e esconde esse
Esconde esse medo, vem sorrindo cantando e esconde esse medo.

Esta é a canção que eu fiz e não queria
Este é o rap da Delegacia
Esta é a canção que eu fiz e não queria
Este é o rap da Delegacia

Queria amenizar, afrouxar, deixar passar batido, esquecer.
Esquecer não é possível, sirenes cortam o silêncio da noite, dilaceram os corações.
O menino paralisado não entende não chora, os amarelos levam seu pai pra prisão.
É um laranja, rolam cascas pelo chão.

Busco ficar mais layth, sosait, filosofar outras besteiras...
A lua tem vida, marte não é verde.
O sol se abre e me dá sede.
Sedentos de poder estão.
Serram os punhos, matam a esperança.
Esperança, flores na delegacia, um sorriso,
Um abraço amigo, uma PT nas mãos.
Tira a roupa e deita, essa é a seita.
Aceita, à noite não existe, o sol brilha soberano,
Há anos me debato entre seres humanos.

Manos, procuro, estendo a visão, quem manda não ser burro, não sofria tanto,
Me levanto, ando, procuro uma saída, fingir, polícia também é gente.
Ta tudo certo, saio pela tangente, o bem e o mal são eternos.
Não tem meio termo, polícia é polícia, bandido é bandido.
As mãos que afagam também geram destruição.
Pulsa inveja, medo, desconfiança e solidão.
Cada um por si, polícia e bandido enquadram-se no mesmo artigo.
O diabo sorri.

Esta é a canção que eu fiz e não queria
Este e o rap da Delegacia
Esta é a canção que eu fiz e não queria
Este é o rap da Delegacia.

As leis e seus guardiões foram criados para proteger os cidadãos.
Na teoria, divinos são, mas na prática, se desviam de sua missão.
Os rigores da lei batem nos excluídos,
Os favores para os já protegidos.
Penso, reflito, refletir é preciso.
Possuem muitos braços o 171 do Dr Artigo, são muitos os incisos.
Insisto, a Dona Justa não tem muita paciência.
O coração está na ponta da caneta, que importa se vai mais um para sarjeta
Cadeia não redime, mudar a lei é preciso.

Ôh lugar!
Me tapo de nojo, de quero-quero.
Qual é o teu nome meu filho?
Não sabe! Amanhã tu vens mais cedo
Vem sorrindo e cantando e esconde esse medo
Vem sorrindo e cantando e esconde esse medo.


Esta é a canção que eu fiz e não queria
Este e o rap da Delegacia
Esta é a canção que eu fiz e não queria
Este é o rap da Delegacia.



domingo, 9 de setembro de 2018

É tudo santo!


Abobrinhas

Minhas Abobrinhas estão a alertar
E ninguém quer acreditar...
Só porque sou profeta de seu lugar!
Mas assim mesmo vou anunciar:
Esta ficando como o diabo gosta.
O homem deu as costas para Deus.
O trivial é comer, beber, morrer.
O invisível não existe!
É tudo santo!
È tudo São Tomé!
Viver o hoje é o que é!
O hoje e o amanhã... só abobrinhas...
O amanha será, terá. só abobrinhas...
Tem gente que escreve, fala, canta...
Quatro, cinco, seis abobrinhas...
As FM tocam, o povo lê, aparece na T.V.
O cara é gênio é E.T.
O Zé povinho engole, não mastiga.
E suas abobrinhas viram palavras célebres!

Autor-Odair Ribeiro


quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Eu não sou alienado político


Quando os militares assumiram o poder lá em 1964, impedindo que os comunistas dominassem  o Brasil, sim, pois era o que se  ouvia, “comunistas não acreditam em Deus”, é gente do mal!”
No governo militar os filhos respeitavam os pais, os alunos respeitavam os professores, o cidadão e os delinquentes respeitavam as autoridades e seus agentes.
Homem era homem, mulher era mulher. Tinham também, sempre estiveram na história da humanidade humanos bissexuais. Eram respeitados e respeitavam.
As atividades e preferencias sexuais e suas práticas eram inerentes ao casal, com a máxima que “entre quatro paredes”, sexualmente, tudo se pode, com mutuo consentimento.
Havia corrupção? Sim! Segurança, saúde, educação eram ruins, sim!
Morre Tangredo, Sarney assume e o Brasil vai de mal a pior, foram anos de pobreza e corrupção.
O caçador de marajás, Collor, pouco durou, sofreu impeachment, não foi golpe! Em seu lugar o vice Itamar entrou. Nesta eleição em Lula eu votei.
Com Itamar um pouco melhorou e na sequencia com FHC muito mais avançou.
A corrupção ainda desfilava nos corredores do Palácio roubando do Brasil sua educação, saúde e segurança deixando ainda seu povo em desabrigo.
Lula! PT, Lula PT, já que PMDB e PSDB genitores do PT não fizeram diferente dos militares, quem sabe então o Lula vai fazer, o Brasil acreditou, confiou!
Melhorou! Sim! Mas com esmolas o brasileiro presenteou como Papai Noel se colocou.
Tendenciosamente a esquerda socialista de Lula tudo generalizou, os valores éticos e morais por baixo avaliaram e aprovaram. Buscaram uma nação sem o Estado e suas leis.
Suas ações paliativas aos poucos desmoronaram e com a Dilma/Temer de vez a barco afundou. Jogaram  o Brasil  no Petrolão, no Mensalão e na tentativa de limpar apareceu a Lava Jato mostrando os camuflados gatos.
No Sarney, no Collor não votei nem deles gostei. Dei meu voto ao Lula e ao FHC também. Graças que uma coisa boa a Dilma fez, reparou meu erro, no Aécio votei.
Chega de esquerda fascista comunista separatista –  Eu não preciso e nem sou partidário politico, muito menos crente num Lula/FHC, nem se um Mito aparecer. Melhor lidar com um ladrão novo do que com um velho ladrão.
Vamos tentando, os governantes mudando, alternando, e assim nossa Democracia aperfeiçoando – com sonhos, sem milagres, trabalhar para nossos sonhos realizar, filhos melhores para nosso Brasil formar, deixar.

Autor – Odair Ribeiro

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Ao poeta desconhecido.



Autor – Odair Ribeiro

Ao poeta desconhecido mando este aviso:
Tenha como mensageiro o irrequieto beija-flor.
Por que para andares um dia num andor,
Tens de renascer em um parto sem dor.                                                                                               
Mas depois do dissabor,
Nasce teu filho, tua filha,
Teu poema, tua poesia.
Nascem com alegria, com amor.

Escreve poeta, põe tuas palavras no papel...
Sejam amargas feito fel,
Doce feito puro mel.
Falem do inferno, falem também do céu.

Ah poeta!
Não espere em vida o reconhecimento.
Mas solte...
Vá soltando tuas mensagens ao sabor do vento.
Que acalentem lares, corações...
Quiçá um dia digam:
É poeta! Um irmão!




sábado, 1 de setembro de 2018

AS TRÊS PENEIRAS -



Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.
Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras? - indagou o rapaz.
- Sim! A primeira peneira é a VERDADE.
O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo.
Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: 

BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir 
o caminho, a fama do próximo?
Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: 

a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
Arremata Sócrates:
- Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.