sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Minha água é a cerveja


Levou minha caneta-
Autor- Odair Ribeiro

Meu amor me abandonou ,
por outro me trocou,
me avisou com a caneta.                                         
Um bilhete rabiscado indefinido
inexplicado em cima da mesa.

Minha caneta levou,
levou minha caneta.
Mas não vou desanimar,
minha tinta vou trocar,                                   
vou ganhar outra caneta.
Minha vida é bar e bar,
não sei mais amar,
Minha água é a cerveja.
Por ela desprezado
abandonado na sarjeta.


Minha caneta levou,
levou minha caneta.
Mas não vou desanimar,
minha tinta vou trocar,                                   
vou ganhar outra caneta.

Todos convidados! Evento aberto ao PÚBLICO !


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O Homem sapo - Livro InfantoJuvenil-R$25,00 - livre de correio.

Histórias do meu avô Gustavo Ribeiro - E uma delas, neste livro -
Num desses dias de lamúrias e blasfêmias quando estava na casa de seu filho João, escutou as lamentações do Nico e ao escutá-lo viu muita soberba, arrogância nas palavras dele dizendo que ia embora e arranjaria um bom serviço na cidade e interferiu dizendo:

– Oh Nico! Não fale assim homem, se Deus quiser tu vais pra cidade, se Ele não quiser não vais! Fale se Deus quiser eu vou homem! Não desdenha do nosso Deus!

– Olha Seu Gustavo, quando eu me decidir eu vou, quer Deus queira ou não! Que é que Deus tem que ver com minha vida aqui na Terra?

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Gugu morreu?!


Gugu Liberato Morreu?

E daí! Qual o problema! Lamentável! 
Sim, assim como morrem milhares de seres humanos todos os dias, todas as horas, todos os minutos, segundos. 
De fome! Por maus tratos! 
Por falta de atendimento médico, por violência, por mentes do mal...
São essas mortes naturais? 
A comoção? Lamentação? Não!
A grande parte da população brasileira acha normal.
Gugu morreu! Ai que pena! Tão bonzinho. 
Que perda! Vai doar seus órgãos!
Lamentação, comoção de hipócritas!
Quem era Gugu? Apresentador comum da TV Brasileira.
Onde morava? Nos Estados Unidos da América.
O que fez pela humanidade? Nada.
Ficou rico manipulando o Zé Povinho brasileiro e foi morar nos EUA!
Um ser humano jornalista comum, que morreu ao sofrer um acidente doméstico! Lamentável? Sim. 
Anormal? Nem tanto. Normal? Nem tanto.
O anormal e esse povo hipócrita chorando a morte de alguém que pouco conhecem!
Noticiar o acidente, a morte, sim! 
O choro, o lamento, a dor! Só aos seus mais próximos!
Mais um que foi dessa para outra “vida”?
Hoje foi ele, amanhã pode ser eu, você! 
Só morre quem está vivo.

Autor – Odair Ribeiro.


Filosofando na poesia - R$30,00 - correio incluso.


Fale!
As lembranças são brancas, são passados...
Derreteu como sorvete que caiu no chão numa
noite de verão na primeira lambida.
Esquecida!
Nunca, jamais, foi bom.
Te encontrei na esquina da morte – minha –
Vida!
Passou por mim, quis tocá-la, não deixou.


autor-Odair Ribeiro.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Espinhos e Flores - Poesias - R$30,00 - livre de correio -

Simples

Eu queria dizer que te amo.
Mas não simplesmente, dizer...
Eu te amo!
Eu queria dizer de uma forma diferente!
De uma forma anormal!
Vasculhei meu baú mental e nada!...Nada!
Vi então que sou louco, normal!
Porque eu só sei dizer...
Eu te amo!
Na forma mais simples!
Na forma mais natural...
Eu te amo!

autor-Odair Ribeiro -  Pag.59.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

...agachadas no leito da fonte sensualizando...


Memórias lavadeiras                   

Remoendo saudosas memórias numa tarde de verão,
vi as lavadeiras na fonte, tirando o cheiro das roupas,
 falando de seus sonhos de amor e paixão.

As roupas nas mãos esfregando
entre a pedra e o sabão deslizando,
contavam histórias belas e de mal feitos,
agachadas no leito da fonte sensualizando,                                 
o vestido entre as pernas suas ancas desenhando.

Lembravam proibidos amores marinheiros,
galantes moços vindo do estrangeiro.
O lenço prendendo seus cabelos
mostrando o semblante em magia.
O  decote  desenhava o peito os seios  
e sonhavam com tudo que o amor prometia.

Lembranças daqueles dias daquele lugar.
O pensamento vagando a sonhar o querer daqueles dias,
que era ter  o amor  em seus nos braços,
e nas águas daquela fonte com ele eternamente mergulhar.

Memorias lavadeiras, flutuam feito bolas de sabão,
brotam em lembranças, vindas das cicatrizes do coração.

Autor- Odair Ribeiro

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Anita de Jesus Ribeiro Garibaldi


Heroína dos dois mundos

Anita de Jesus Ribeiro Garibalde,
não sabemos se nasceu aqui ou acolá.
Se em Tubarão, Imbituba, Laguna ou Lages?
Outros afirmam que em Morrinhos,
Laguna, na época sua naturalidade.
Mas com certeza sabemos,
é catarinense, Barriga Verde,
foi mulher de grande coragem!
Ainda jovem em tenra idade
dada em casamento
apressaram sua maturidade.
Casando e separando de
Manoel Duarte de Aguiar
que com as tropas do Império foi lutar.

Anita com sua mãe volta a morar,
mas quis o destino que na beira do mar,
um novo amor fosse encontrar.

Giuseppe Garibaldi, general ,
condenado a morte na Itália,
vem para o Brasil começando
assim sua vida de exilado.
Aporta em Laguna e
Anita conhece seu amado.

Unidos pelo amor e ideais republicanos
entre lutas físicas e sentimentais,
impulsionada por sua natureza guerreira
na enseada das altas ondas, Embitiba,
na Batalha de Fogo, Anita foi batizada.

Toma a frente na luta armada,
ferida em batalha foi como que
ressuscitada, lidera seus companheiros
coloca a frota Imperial em retirada.

Na Revolta dos Farrapos e na batalha
de Curitibanos reforça sua coragem,
quando Anita foi capturada.

Gravida de seu primeiro filho,
da morte de Giuseppe foi  informada.
Foge a cavalo, e a nado pelo rio  
Canoas seus rastros são apagados.
Na cidade de Vacaria depois de
intensa busca encontra seu amado.

Rumando para o Uruguai
enfrenta outra jornada,
defendendo Montevideo
quando por  Oribe foi sitiada.

Garibaldi com a segurança de sua amada
e filhos preocupado, manda  para a Itália
sua família. Na casa de sua sogra,
por breve tempo faz morada.

Fala mais alto seu lado de guerreira,
e em casa não sabe ficar sossegada.
Nas batalhas de Gianicolo e Roma, na Itália,
com seu marido, lutam lado a lado.

Mas seu destino estava traçado.
Gravida de cinco meses, próximo
a Oviedo, adoece e seu espirito
no céu foi fazer morada.

Heroína dos dois Mundos
naturalmente  imortalizada.
Por Brasileiros  e Italianos
 será sempre reverenciada.

autor - Odair Ribeiro