quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Aonde estás moça dos olhos verde


Quando jovem vivia a vida em harmonia com a natureza.
Brincava com a melancolia e sorria amenizando a tristeza.
Todos os dias eram dias de fraternidade união.
Podia ser segunda-feira, sexta, domingo não importava não.
Qualquer dia, hora, parava o trabalho e deitava na terra seca.
Ouvia o canto dos pássaros e o sol refletindo entre a mata verde.
Sonhava acordado viajando em mil foguetes.
Envolvia em meus braços a moça dos olhos verdes.
Com ela fazia amor, casava, formava família saciando minha sede.
Saudades... onde estás moça dos olhos verde?

Autor – Odair Ribeiro

domingo, 24 de setembro de 2017

Desejos de bem me quer.


De dia uma menina na noite uma mulher.
Sorriu balançou a cabeça...
 Esqueça!
Guardo em sonhos e lembranças
 
Aquele seu jeito criança.
Aflorou na menina um corpo de malmequer,
Paixão e desejos correndo pelos segredos,
Dançando descortinando o enredo doutros tempos...
Ainda correm pelos campos... fantasias...
Com aquela menina mulher que se perdeu
Em seus medos escondendo seus desejos de bem me quer.

Autor – Odair Ribeiro


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Chuva de granizo.


Ciumento barro cozido.
Selva de seres humanos.
Chuva de granizo.
Arrancou o dente do juízo.
Cismado cismou chorou...
De alegria? Dor?
A vida é amor!?


Autor – Odair Ribeiro


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Assopra e Belisca, outro dia ouvi:


Tu beliscas e depois vem assoprar é!
Então pensei: aquele que belisca e assopra é consciente de seus erros.
Pede desculpas e se arrepende de sua atitude errada.
Daquele que assopra e belisca não devemos ter mede e receio.
Esse é autentico! Raciocino.
Agora, com aquele que só assopra muito cuidado.
É serpente! Bajulador falso!
Concorda com tudo, tudo aceita!
Bonzinho 24 horas!
Sei não!Eu desconfio...
É Carcará disfarçado de avoante.

Autor – Odair Ribeiro


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Sem nexo


Começo a falar palavras sem nexo,
Nem quero saber se elas têm sexo.
Tudo é complexo neste mundo deserto.
Deserto do saber,
Deserto do querer.
Querer ficar surdo e mudo.
Mudo pra falar palavras sem sentido,
Ninguém tem ouvido não entendem o que falo.
Então eu me calo!
Calo do pé,
Boné do se Zé,
Tirou da cabeça uma pilha de cesta.
Cesta do saber,
Cesta do querer.
Querer que amanheça, que não escureça,
A minha cabeça, cabeça sem nexo
Deste mundo complexo.
Não entendem o que eu digo?
Tudo que eu falei nada eu criei!
Palavras ajuntei,
Tudo já estava,
Estava escrito lá no original.
Não entendem o que eu digo?
Então não me ligo,
Desligo as antenas...
Saio do ar...

autor-Odair Ribeiro



sábado, 16 de setembro de 2017

Sexto sentido maldito.


Para noite perguntei, achas que sou suicida?
Uma formiguinha disse: Não!
Uma mariposa sussurrou: Acho.
Sorria como se me conhecia!
Sexto sentido maldito.        
                                                                
Quis me esconder atrás de uma estrela no infinito.
Lá não ouviriam meus lamentos
Não perceberiam meus tormentos.
Seria fenômeno natural relâmpago,
Chuva, trovoada, vento, calmaria, maremoto.
Uma mãe, filhos, evite o mal!
Sou um gelo no copo de vodka aos poucos vou derretendo
Enquanto o mundo vai me absorvendo.
Suor frio por fora do copo evapora
Como meu coração aos poucos molha a mesa vazia...
Iguais essas pequenas gotas d’água queria...
Queria como elas molhar devagarzinho...
Sem machucar, os rancores destilarem não julgar.
Amar sem maldade sem dono com compromisso.
Não sou mentiroso.
Sou real.
Somos você é igual a mim, ama.
Mariposa frágil no meio da trama.

Autor- Odair Ribeiro


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Compositor-Sem nexo - Odair Ribeiro

Maria das dores.


Final do dia o sol murchando e o entardecer morria.
As galinhas nos poleiros, os bois e os cavalos nas cocheiras.
Fase de lua cheia iluminando surgindo por trás do mar no horizonte.
A Maria das Dores nas lamurias cantando gemendo suas dores.
O filho morreu de quebranto, mau olhado, espanto.
As rezadeiras benziam as roupas com água “benta” da fonte.
Sombras de um Lobisomem uivando no topete do monte.
Ficou embuchada de um jovem apaixonado amante.
E o homem disfarçava sua alegria no semblante e não sorria.
Vagava sorrateiro nas sombras sentindo as dores da Maria.
Em seus eternos movimentos as vidas se apagam... acendem...

Autor – Odair Ribeiro


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Amargam a poesia.


Nas flores do coração mora uma solidão.
Mãos falsas afagam poetas lobos amargam a poesia.
Visão dos nossos dias.
Olho e não vejo um bom final de tarde.
Invejam as sombras de tua arte.
No horizonte uma poetisa sonha entre
Hienas pequenas famintas sugam sua seda fina.
Olho e não vejo um bom final do dia.
Poetas lobos amargam a poesia.

Autor- Odair Ribeiro



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Roupas rasgadas


Na imensidão do silencio da casa vazia
Salpicavam fantasmas pelas paredes do cérebro.
Buscava um sentido naquelas gargalhadas,
Do deboche do falar, ser distante.

Vagando pelas lagunas do tempo,
Da presença, da ausência,
Petrificavam os sentimentos.
A água tentava lavar as rochas do desencanto...
Na ausência da consciência,
Na velha inocência,
Perdia-se.
Soturno,
Desesperava-se.

As gargalhadas, o falar com desdém.
A atitude soberana das tramas
Penetraram fundo naquele ser outrora meio criança.
Nas noites de sono revira-se na cama, levanta.

E agora, as roupas estão rasgadas...
O quarto esta revirado...
Deita, levanta.
Há fantasmas por todos os cantos.


sábado, 2 de setembro de 2017

Espinhos e Flores

O amor não é eterno enquanto dure, é eterno! pag.63

Uma borboleta sussurrou que o amor é feito pétala da mais perfumada flor, mas basta uma leve aragem para joga-lo entre espinhos da mais perfumada rosa e morrer de dor.

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