sábado, 22 de fevereiro de 2020

Os olhos da mente fecham-se


Vozes dissonantes

Num corpo machucado de emoções
e amores vertem lágrimas, dores.
O silêncio das palavras mau ditas dizem tudo
e vão abrindo feridas
em sinapse percorrendo neurônios normais.


Nos labirintos dos pensamentos
as imagens se perdem...
Os olhos cerebrais paralisam
suas cognições desfolhando almas
e o corpo inerte caminha
ruas procurando sua calma.

Nos cantos dos quartos
 e das salas da casa vagam ácaros.
A boca outrora falante
se cala entre arranhões e alergias
transformando as palavras em
vozes dissonantes nas noites nos dias.

O pensamento taciturno procura se aquecer do frio.
Os olhos da mente fecham-se
e uma lágrima cai no vácuo
procurando nas rugas do tempo um abrigo...

autor-Odair Ribeiro




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