Ao Poeta
Desconhecido
Ao poeta
desconhecido mando este aviso:
Tenha como
mensageiro o irrequieto beija-flor.
Para andares um
dia num andor,
Tens de renascer
em um parto sem dor.
Mas depois do dissabor.
Nasce teu filho,
tua filha,
Teu poema, tua
poesia.
Nascem com
alegria, com amor.
Escreve poeta, põe
tuas palavras no papel...
Sejam elas amargas
feito fel,
Seja doce feito
puro mel.
Falem do inferno,
falem também do céu.
Não espere em vida
o reconhecimento,
Solte tuas
mensagens ao sabor do vento,
Que acalentem
lares! Corações!
Quiçá um dia
digam: É poeta! Um irmão!
Autor – Odair
Ribeiro
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