Ei homem do abismo.
Olhe para mim.
Nas estradas, nas pedras não está o fim.
É só o começo.
O trabalho, o suor embala o cortejo.
Ei mulher do abismo.
Olhe para mim.
No choro, na alegria da dor do parto não está o começo.
É só o fim.
O dia, à noite embala o terço.
Ei garoto da esperança.
Olhe para mim.
Nos sonhos, na ilusão não está o fim.
É só o começo.
A discórdia, a ira embala o berço.
Ei menina da janela.
Olhe para mim.
Nas portas, nos caminhos não está o começo.
É só o fim.
As pétalas, os espinhos definem o endereço.
Autor – Odair Ribeiro
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