terça-feira, 15 de agosto de 2017

Um sonho esquisito


Parecia um sonho, um sonho esquisito.
Sonhava que sugava sangue feito um mosquito
Berrava como um cabrito
Via os pés se afundarem no infinito
Então soltava gritos: 
Ai meu Deus!
Nessas horas Deus existe?

Num sobressalto pulei da cama.
Suava, tremia feito vara verde bica d’água
Numa sinfonia gengival taquicardia bocal vaginal
Bufava tal qual um animal.
A mulher ao lado, homem estás passando mal!

Os olhos abrem assustados, de soslaio olhava para o lado.
Num ar de rios espanto queria entender o quebranto.
Os olhos negros dela brilhavam, pressentiam...
Pesadelo! 
Recosta a cabeça no ombro dela, adormece.
Três mil e seiscentos segundos... 
Serra-se o manto.

autor - Odair Ribeiro

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