Parecia
um sonho, um sonho esquisito.
Sonhava
que sugava sangue feito um mosquito
Berrava
como um cabrito
Via
os pés se afundarem no infinito
Então
soltava gritos:
Ai meu Deus!
Nessas
horas Deus existe?
Num
sobressalto pulei da cama.
Suava,
tremia feito vara verde bica d’água
Numa
sinfonia gengival taquicardia bocal vaginal
Bufava
tal qual um animal.
A
mulher ao lado, homem estás passando mal!
Os
olhos abrem assustados, de soslaio olhava para o lado.
Num
ar de rios espanto queria entender o quebranto.
Os
olhos negros dela brilhavam, pressentiam...
Pesadelo!
Recosta a cabeça no ombro dela, adormece.
Três
mil e seiscentos segundos...
Serra-se o manto.
autor - Odair Ribeiro
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