segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Roupas rasgadas


Na imensidão do silencio da casa vazia
Salpicavam fantasmas pelas paredes do cérebro.
Buscava um sentido naquelas gargalhadas,
Do deboche do falar, ser distante.

Vagando pelas lagunas do tempo,
Da presença, da ausência,
Petrificavam os sentimentos.
A água tentava lavar as rochas do desencanto...
Na ausência da consciência,
Na velha inocência,
Perdia-se.
Soturno,
Desesperava-se.

As gargalhadas, o falar com desdém.
A atitude soberana das tramas
Penetraram fundo naquele ser outrora meio criança.
Nas noites de sono revira-se na cama, levanta.

E agora, as roupas estão rasgadas...
O quarto esta revirado...
Deita, levanta.
Há fantasmas por todos os cantos.


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