Final do dia o sol murchando e o entardecer morria.
As galinhas nos poleiros, os bois e os cavalos nas
cocheiras.
Fase de lua cheia iluminando surgindo por trás do mar
no horizonte.
A Maria das Dores nas lamurias cantando gemendo suas dores.
O filho morreu de quebranto, mau olhado, espanto.
As rezadeiras benziam as roupas com água “benta” da
fonte.
Sombras de um Lobisomem uivando no topete do monte.
Ficou embuchada de um jovem apaixonado amante.
E o homem disfarçava sua alegria no semblante e não
sorria.
Vagava sorrateiro nas sombras sentindo as dores da
Maria.
Em seus eternos movimentos as vidas se apagam... acendem...
Autor – Odair Ribeiro
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