Reflexo
do pensar
Contemplo
a natureza: os céus estão abertos,
Os mares calmos e revoltos.
As florestas verdes...
Amareladas, os rios limpos,
poluídos.
As montanhas cobertas e
peladas.
O ser humano e suas cidades
alegres,
Mas ... muito mais triste.
Mutilam silenciosamente o
amor.
Mudam o curso natural das
invernadas.
Droga! Do egoísmo vou mais
uma vez falar?
Onze de outubro, véspera de
doze, dia das crianças,
Cosme e Damião, somos.
Inesperadamente nas mãos um
pirulito dos tempos de criança...
Ainda são fabricados?
Inocente esperança.
São eternos?
O inverno mental não vai
aprisionar!
Movimenta-se o amor como a
areia do mar?
Voltam para o mesmo lugar?
Pensamentos: quisera materializá-los
Em forma de palavras no
momento exato de seu nascimento,
Pois num reflexo evaporam,
Fogem feito homem tímido
diante da mulher desejada.
Quisera saber falar o
pensamento puro!
A escrita, a expressão, é
razão.
A essência, é o coração, o
impulso dos neurônios.
Inibe, o açoite da métrica!
Há beleza na rima, na musa,
na estética!
Olho ao redor e vejo alegria,
mas ... muito mais tristeza.
Autor – Odair Ribeiro