Imbituba, Imbé, Embitiba.
Nas leituras e pesquisas que fizemos em
livros de nossos autores Imbitubenses,
muitos nomes para Imbituba aparecem,
significados
diversos variados em rimas e versos.
Defendem alguns que de um tipo de cipó seu nome veio.
Outros afirmam que das praias, das dunas dos ventos.
Falam ainda das altas ondas, dunas de areais ligeiras,
e do vento
nordeste assobiando feito lamento.
Elementos fartos e fortes em nosso litoral,
a planta nativa Imbé anda rara e as dunas
assim como o cipó aos poucos vão sumindo.
Somente o filho de Deus, o vento nordeste
ligeiro bate firme frio gritando ao povo e as
autoridades deste lugar para que não deixem
nossa história morrer, sumir desaparecer!
Eu sem o mar, as dunas, os surfistas,
a mata Atlântida, os nativos, os turistas,
amigos rabugentos
para de mim reclamar,
abençoar, correr, se
defender,
posso outros rumos escolher.
AH! Meu Imbé, Embitiba, Imbituba!
Naqueles dias eu não sabia escrever.
Mas falava com os ventos, com o mar.
Formava carreira com as areias comigo
pelas dunas e
praias a correr, nadar, pescar,
viver sem com a manhã se preocupar.
Meu perfume a maresia desse
imenso, essa dadiva Divina, o mar.
Eu Guarani Carijó vivente dessa terra
tinha um dos meus grandes amigos,
essa planta, esse cipó de muita serventia.
Sem ele nossa vida seria mais ardida,
mais doido, mais sofrido meu dia.
Facilitava em nosso dia dia construindo
nossas casas, amarrando nossas canoas,
nossas redes a balançar na preguiça
depois do almoço e jantar.
Meu lugar, minha morada naqueles
dias...Imbé, Embitiba, Embituba,
era como se fazia o dia.
Dias com muito vento, outros sem.
Chuvas e tempestades vindas do além.
A planta rasteira trepadeira, cipó danado
de forte e vivente, vivia mais que toda gente.
Como já falei, para nós era um bem.
Bem como as praias, as dunas, as areias,
corriam, voavam tipo feiticeiras.
O mar, as ondas em dias de calmaria
e ventania para nós sustento trazia,
ninguém ajuntava para o próximo dia.
Se Imbé, do cipó, se Embitiba dos ventos,
Ou Imbituba das praias altas, não importa.
Ah! Até de Henrique Lage quiseram me chamar!
Sou mesmo a terra dos povos Guaranis/Carijós!
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