quarta-feira, 29 de junho de 2016

Às vezes ficam assim meio desorientados


Miram-se no espelho mariposas esposas dos esposos expostos.
Serelepes saltimbancos aos prantos nos barrancos.
Às vezes ficam assim meios desorientados.
 Olham para qualquer lado e nenhuma paisagem serve para descanso.                                      
 Não há balanço que embalem neurônios nervosos.
Às vezes ficam assim meios desorientados.
Nuvens, buracos negros, turbilhões de lamentos.
Jogadas no asfalto falto falsos fosforescentes sentem a mão por baixo                           
Do vestido desnudando a carne fria, arrepiada, piada para qualquer humorista.
Não há gargalhadas nas sombrias madrugadas.
Às vezes ficam assim...desorientados...                                        
As névoas da manhã fria sobre os lagos que norteiam as matas matam o calor.
O vapor do odor que saem dos corpos que gozaram o gozo do coito animal.
Seres opostos, macho, fêmea, fêmea, macho tanto faz quem está por cima ou por baixo.                          
Tanto faz...
Às vezes ficam assim... desorientados....



Autor – Odair Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário