Desdenho os açoites da noite.
Por vezes inconstantes de bico chuto absorvo as avalanches.
Uma mão de mulher desliza em meu corpo.
Enxugo o sorriso no rosto.
Meia luz no apartamento sussurros sem lamentos.
Sombras sorrateiras desenham um corpo na cortina.
Flores florescem entre gemidos e sedas finas.
Nua deslizando em meus braços reaparece nela a menina.
Sorrio na luz solar do arrebol de sua harmonia.
Sem lágrimas festejo o início do dia.
Uma mão de mulher ainda desliza por meu corpo.
Seu perfume suaviza a expressão do rosto.
Uma flor desabrocha no meu jardim.
Um espinho foi arrancado de mim.
As luzes se apagam no apartamento e saem as sombras da cortina.
Depois do amor reaparece seu sorriso de mulher/menina.
Autor-Odair Ribeiro
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