terça-feira, 21 de junho de 2016

Uma flor desabrocha no jardim.


Desdenho os açoites da noite.
Por vezes inconstantes de bico chuto absorvo as avalanches.
Uma mão de mulher desliza em meu corpo.
Enxugo o sorriso no rosto.
Meia luz no apartamento sussurros sem lamentos.
Sombras sorrateiras desenham um corpo na cortina.
Flores florescem entre gemidos e sedas finas.
Nua deslizando em meus braços reaparece nela a menina.
Sorrio na luz solar do arrebol de sua harmonia.
Sem lágrimas festejo o início do dia.
Uma mão de mulher ainda desliza por meu corpo.
Seu perfume suaviza a expressão do rosto.
Uma flor desabrocha no meu jardim.
Um espinho foi arrancado de mim.
As luzes se apagam no apartamento e saem as sombras da cortina.
Depois do amor reaparece seu sorriso de mulher/menina.

Autor-Odair Ribeiro


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