Naquela
noite ele estava só.
O
vento sul imitando lobos uivavam
Entremeios
sentimentos confusos.
A
casa nova estalava madeira verde.
Ele,
já maduro, com sede.
Alanis
Morrissete cantava:
“Que
eu seja boa mesmo estando gorda...”.
Ele
meditava nas palavras da canção:
Que
eu seja bom apesar das misérias do mundo,
Apesar
das migalhas do afeto da mulher amada.
E
o vento cada vez mais forte dobrava os pensamentos,
E
o vento varrendo as sujeiras das cidades.
O
homem dorme e se pergunta:
Vira
outro Cristo?
Outro
dilúvio?
O
homem dorme.
Virá
outro Moisés?
Outro Buda?
O
homem dorme...
A
luz no final do túnel quase apagada
Chama
o vento sul para reanimá-la.
Despertará
o homem?
Olhará
para seus pés?
Os
abutres disputam os pensamentos putrefatos.
As
hienas também.
As
formigas “cartesianas” armazenam matéria.
A
matéria é ”pó e ao pó voltará”.
Os
pensamentos (0s espíritos) são luz e para a luz voltarão.
E
o vento e os lobos uivando por entre as frestas do telhado da casa.
Solitário...
Autor-Odair
Ribeiro
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