quinta-feira, 21 de julho de 2016

Esgotos Nas Florestas Urbanas


Tempestade de palavras nos esgotos das florestas urbanas.
Os pensamentos se atropelam nas discórdias noturnas.  
Um catador de lixos!
O espaço sideral efêmero envolve silenciosamente o planeta terra.
O homem envolto nas entranhas das guerras mentais.
Um catador de lixos!
No metrô melomaníaco passeava os olhos lunáticos
Dormem sono solto dos moribundos das ruas.
Degusta as xepas acesas jogadas nuas e cruas.
Traga os amores alcoólicos destilados nas elites.
A vida persiste!
Uma adolescente não mais inocente caminha na neblina.
Tateia nas passarelas em busca de luz.
 Um suspiro escapa da expressão planejada.
 Certezas flutuam; busca verdades na retina.
Na cantina, bêbados cospem no chão, babam no balcão.
Um catador de lixos!
Espera afago, um carinho, inocência perdida
Sonhava, a lua era poesia para os enamorados.
A sentinela não arreda os pés da vigia.
Chora o coração, a razão é o leme debochado dos pirilampos.
Um catador de lixos olhar fixo extasiado.
O homem na lua, horizonte demente altista –
A vida insiste -
Um catador de lixos com olhar fixo extasiado.
Um catador de lixos!

Autor- Odair Ribeiro



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