Indiferença.
O vento frio
corava o coração,
O rosto, o
infinito, o quarto.
Tuas mãos, teu
perfume, teu suor, tuas roupas, teus
Sapatos,
presença tua, vou para a rua.
Desencontros,
meus coringas são minhas incertezas.
Devo murmurar
meus segredos?
O vento, o amor,
o poeta....
Onde nascem?
Morrem?
São feras? Alentos?
Sinto tua
falta...
Desencontros,
meus coringas são minhas incertezas.
Devo murmurar
meus segredos?
Os sentimentos
na boca da mulher feitos palavras faíscam
Acendem atitudes
reprimidas, formigas despertas no inverno.
Palavras...
Sábio é o silêncio.
Desencontros,
meus coringas são minhas incertezas
Devo murmurar
meus segredos?
Rejeito o livro
posto à mesa.
Busco calar,
pois o mundo fala,
O amor acaricia.
Gavetas, cabeça,
vazia...
Sem teu cheiro,
teus sapatos, sem tuas roupas pelo chão.
Teu amor, teu
corpo, onde estão?
Clima frio no
quarto.
Desencontros,
meus coringas são minhas incertezas.
Não devo
murmurar meus segredos.
Autor – Odair
Ribeiro