segunda-feira, 11 de julho de 2016

Então me deixas!


Musa inesquecível
Fulgurante luz infernal, angelical.
Difusa, volúvel, inconstante, febril.
Ilusão das noites calmas, inefável, pueril.
Silenciosamente choro teu desdém.
Ínfimo, mas machuca, castigo do além.
Lamúrias de um ser carente.
Voz distorcida sem melodia.
Irmã da noite, inimiga do dia.
Foges, não queres minha mão.
Isto quer o corpo?
Quer o coração?
E o amor não se aquieta.
Vive em eterno conflito.
Navio sem porto sem apito

No horizonte afastando a imagem dela.
Inútil minhas queixas...então me deixas!

Autor – Odair Ribeiro



Nenhum comentário:

Postar um comentário