Musa inesquecível
Fulgurante luz infernal, angelical.
Difusa, volúvel, inconstante, febril.
Ilusão das noites calmas, inefável, pueril.
Silenciosamente
choro teu desdém.
Ínfimo,
mas machuca, castigo do além.
Lamúrias de um ser carente.
Voz distorcida sem melodia.
Irmã da noite, inimiga do dia.
Foges, não
queres minha mão.
Isto quer o corpo?
Quer o coração?
E o amor
não se aquieta.
Vive em eterno conflito.
Navio sem porto sem apito
No horizonte afastando a imagem dela.
Inútil minhas queixas...então me deixas!
Autor – Odair Ribeiro
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