Dois corpos no quarto, na cama.
Um olha os ladrilhos do chão.
Lado a lado estão... separados...
Caminhos paralelos...
Tortuosos como rastro de cobra na lama.
São claros, escuros, nervosos.
E o dia ainda não raiou, o sol estava em Marte.
Os pensamentos seguiam seu silêncio,
Nem um dedo moviam.
O cérebro não adormecia,
Trabalhava, dormia seminua, contemplava.
O orgulho parava, o instinto te queria.
E esperavam nunca amanhecer o dia.
Seriam segundos! Alguns minutos?
Não acordaram, não dormiram.
Levantaram...
Café, escova nos cabelos, nos dentes.
Um até logo, beijo na face.
O dia não raiou o sol ainda está em Marte.
Autor –Odair Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário