E agora?
Ás
vezes te vejo amarga e sofrida.
Quisera
não ser parte dessa ferida.
Teus
olhos que olham o nada!
Ficas
na janela com o coração num aperto
Labirinto
suicida.
Estrada
de terra mal batida.
Sinal
amarelo.
Mãos
algemadas.
Ilusória
liberdade.
E
agora?
Saia
da janela.
Feche
todas as saídas.
Vá
para teu quarto, durma!
Busque
o recolhimento, aquiete-se!
Deixe
as trevas se dissiparem...
E
assim...
Os
anjos do amor vão te envolver em nova prece.
Autor
– Odair Ribeiro
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