quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Saia da janela.

 E agora?

Ás vezes te vejo amarga e sofrida.
Quisera não ser parte dessa ferida.
Teus olhos que olham o nada!
Ficas na janela com o coração num aperto
Labirinto suicida.
Estrada de terra mal batida.
Sinal amarelo.
Mãos algemadas.
Ilusória liberdade.
E agora?

Saia da janela.
Feche todas as saídas.
Vá para teu quarto, durma!
Busque o recolhimento, aquiete-se!
Deixe as trevas se dissiparem...
E assim...
Os anjos do amor vão te envolver em nova prece.



Autor – Odair Ribeiro

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