A angústia abraça o coração, envolve todo o humano corpo.
Deixa-o estirado no chão, anestesiado, semimorto.
Impotente por não ter os meios de poder desalojar
a ignorância do poder, faz tremer, calar.
Covardia, medo, subserviência.
Pobre homem, povo pobre.
Nem mais chorar pode.
Bebe as lágrimas da demência.
Chora mais quem menos pode.
Ri mais quem mais devia chorar.
Magro é quem devia engordar.
Camuflado está, o que tem cheiro de bode.
Regozija-se na subserviência.
A covardia, o medo, o choro.
O poder, a lágrima, o povo.
Andam de braços dados na mesma demência.
Autor – Odair Ribeiro
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